Apesar de ser um dos pilotos mais experientes do automobilismo mundial, o brasileiro Felipe Massa, da ROKiT Venturi Racing, acredita que o nível de competição no Desafio ABB Fórmula E Race at Home em apoio à UNICEF é simplesmente “inacreditável”.

Ainda se familiarizando com o mundo virtual, Massa comentou sobre os desafios em disputar as provas nos simuladores em casa, principalmente na etapa do último fim de semana.

“A corrida não foi tão boa para mim, porque houve um grande acidente na primeira curva”, declarou Felipe Massa sobre a largada na etapa disputada no último sábado (16) em Hong Kong, onde praticamente todos os pilotos bateram na primeira curva – com a exceção do pole position e companheiro do brasileiro na ROKiT Venturi Racing, o suíço Edoardo Mortara.

“Na verdade, eu não bati em ninguém … mas fiquei lá e acabei caindo para último, e o meu carro estava muito danificado, então não consegui pilotar da maneira certa – não consegui me divertir na corrida por causa disso”, comentou o piloto brasileiro, frustrado com o resultado.

Com uma carreira no automobilismo que remonta ao início dos anos 90, Massa é um dos pilotos mais experientes do atual grid da Fórmula E. Mas, depois de um 18º lugar na última corrida realizada no circuito virtual de Hong Kong, parece que a experiência do mundo real conta muito pouco nas corridas de simuladores.

“Definitivamente, é uma ótima ideia fazer este Desafio Race at Home Challenge, porque nos divertimos em casa, e ao mesmo tempo divertimos os fãs que estão acompanhando as provas”, acrescentou Massa.

“Eu trabalho com eles [UNICEF] há muito tempo e é muito bom poder fazer algo para ajudar as pessoas, especialmente as crianças e as famílias que estão passando por momentos difíceis por causa da pandemia de Covid-19”.

Parceiro da UNICEF desde 2007, Felipe Massa estava trabalhando com a organização muito antes da Fórmula E existir. Após ter que paralisar o campeonato por causa da pandemia, a Fórmula E decidiu unir forças a UNICEF e criar um campeonato virtual, com os principais talentos das corrida de simuladores contra os pilotos do mundo real para arrecadar fundos em prol do combate ao Covid-19.

Agora, com a oportunidade de combinar seu papel como piloto da equipe Venturi, com sede em Mônaco, e ao mesmo tempo apoiar a UNICEF a ajudar crianças e famílias de todo o mundo, o piloto brasileiro está trabalhando para espalhar a mensagem por toda parte enquanto desenvolve sua técnica nos simuladores.

“Não jogava há muito tempo. É inacreditável ver que você realmente precisa de tempo – você realmente precisa passar um tempo adequado no simulador. Vejo pilotos trabalhando 10 horas por dia! É inacreditável ver o nível dos pilotos e o quanto eles sabem sobre todos esses jogos e sistemas”.

Já na metade da competição, Massa precisará aprimorar suas habilidades em corridas virtuais para ter chances de lutar pelo título. Com Pascal Werhlein, da Mahindra Racing, agora na liderança, o piloto experiente terá que se esforçar para tirar a primeira colocação das mãos do piloto alemão.

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