A história da moda narrada por meio de suas criações mais icônicas é tema da série Linhas do Tempo: Moda e Tendências Que Não Passam, que estreia com exclusividade no canal FashionTV em 11 de junho. No programa, grandes nomes do mercado fashion brasileiro irão fazer releituras de looks clássicos que, além de representar os estilos adotados desde o século passado até os dias atuais, também expressam a evolução do comportamento da sociedade, principalmente em relação às mulheres, cujas características refletem na aparência.

  São 13 episódios, sendo que cada um deles narra e analisa o contexto histórico de tendências cuja originalidade marcaram não somente a época em que foram criadas, mas também são indispensáveis até os dias de hoje. Para possibilitar a visualização desse feito pelos telespectadores, uma modelo é caracterizada com um visual que representa a geração em questão. No primeiro episódio, Thomaz Azulay, um dos criadores da marca carioca The Paradise, juntamente com a figurinista Mel Akerman, analisam a história do vestido longo, peça fundamental no século XX e responsável por libertar as mulheres dos espartilhos e das saias cheias de camadas e armações usadas até então.

   Em seguida, a estilista e empresária Marta Macedo e a figurinista Fulvia Costalongo analisam o estilo melindrosa, tendência criada na década de 1920 que representou um verdadeiro marco da emancipação feminina. Neste, peças repletas de franjas e saias com barras um pouco acima do joelho definem uma mulher rebelde, que contestava os costumes sociais da época. Dez anos depois, de maneira ainda mais chocante, os shorts formaram a tendência da época. Em análise feita por Lino Villaventura, a roupa foi feita para agradar e seduzir. Já Joanna Ribas, responsável pelos looks do episódio, conta que a peça possui um DNA esportivo, mas que é possível utilizá-la para compor visuais glamurosos.

Em 1940, época em que os tailleurs estavam em evidência, a moda deixou a mulher com “aspecto militar”. Tal observação foi feita pela designer de moda Glória Coelho, que defende a ideia de que a tendência acabou se tornando fundamental ao estilo feminino, pois colocou em evidência o lado masculino na mulher. Mas, na década seguinte, a saia godê chegou para quebrar os estigmas militares e resgatar a feminilidade. De acordo com a Diretora de Criação da Farm, Katia Barros, a peça valoriza a silhueta, mas os modelos contemporâneos misturam estilos e podem adaptar-se tanto a visuais mais sutis, quanto aos robustos, transmitindo poder ou delicadeza, a depender de sua composição.

   A minissaia traz à tona, na década de 1960, o perfil de uma mulher que não mais se sente desconfortável ao expor as pernas. Para Claudia Jatahy, VP e Diretora de Estilo da Animale e personagem em destaque do sexto episódio da série, a minissaia está presente em um visual de atitude e empoderamento. Contrapondo os moldes da peça, mas sem deixar de representar a figura de uma mulher que tem total domínio sobre o seu corpo, o maxi vestido evidencia a moda dos anos 1970. Na opinião da estilista e designer Adriana Barros, a vestimenta representa praticidade e a liberdade do corpo, mesmo que ele esteja totalmente coberto. Para ela, “o maxi vestido é a peça mais feminina que uma mulher pode usar”.

   Na década de 1980 a tendência ‘disco’ veio à tona e com ele a peça em evidência tem presença confirmada nos guarda-roupas de muitas mulheres até hoje: a calça legging. Essa moda, segundo a Diretora Criativa da Eva, Priscila Barcelos, surgiu quando o jazz e a dança estavam em alta. Ainda mais extravagante, peças com recortes inusitados e geométricos tornam-se os padrões de moda predominantes nos anos 1990, presentes nas passarelas e nas ruas, influenciados pelos estilos grunge e punk. O artista visual e estilista Guto Carvalho define essa época como “antimoda”, afirmando que “a moda se apropriou do movimento punk”, e não o contrário.

  Os quatro últimos episódios da temporada mostram os desdobramentos da moda no século XXI. A começar pelas calças cargo, peças que marcaram o ápice da moda streetwear, em que, pela primeira vez, a mulher “se apropria” de roupas masculinas que emanam praticidade. O conteúdo conta com a presença de Adriana Bozon, Diretora de Criação da InBrands. Já em 2010, a busca por um lifestyle mais saudável culminou na tendência fitness, que levou a indústria da moda a produzir roupas versáteis. Este é, inclusive, o estilo trabalhado por Patrícia Birman em sua marca, a Memo.

   Oito anos depois, a moda ecológica entra em evidência, buscando atender a um mercado (e a um meio ambiente) que demanda sustentabilidade. Neste, o estilista Ronaldo Fraga comenta sobre o seu trabalho e o fato de ser pioneiro mundial no desenvolvimento de roupas com fios biodegradáveis. Com outro estilo em destaque, mas sem abandonar as premissas ecológicas, o estilo futurista retrata a década em que vivemos atualmente, 2020, cuja sociedade está a todo o tempo conectada à internet e às redes sociais. A moda une estilo e tecnologia, características presentes no trabalho de Leandro Benites para a Ben.

  Linhas do Tempo: Moda e Tendências Que Não Passam é uma produção da FBL Criação + Produção, com Direção Geral de Rozane Braga. A série estreia no FashionTV em 11 de junho, a partir das 21 horas. Clique AQUI para acessar a lista de operadoras de TV por assinatura que oferecem o canal em seu line-up.

SERVIÇO

Estreia do programa “Linhas do Tempo: Moda e Tendências que Não Passam

Primeira exibição: 11/06/2020 às 21h

Canal: FashionTV

Reprises: terças e sábados às 20h30

Duração de cada episódio: 30 minutos

Número de episódios: 13

Classificação indicativa: Livre

O FashionTV é o mais importante canal de moda do mundo, presente em mais de 100 países, com programação que une o universo fashion global aliado ao melhor da produção nacional, apresentando uma programação que é referência para o público conectado ao mundo fashion: cobertura das principais semanas de moda, entrevistas exclusivas com estilistas e modelos, notícias, making ofs e fashion films.

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