Marisa Melo, crítica de arte, curadora e idealizadora da galeria itinerante e virtual UP Time Art Gallery, é quem explica os benefícios e diferenças da mudança tecnológica que se tornou tendência e que veio para ficar

   De maneira rápida e inesperada, a pandemia mudou a forma de se relacionar, viver e consumir das pessoas ao redor do mundo todo. A transformação desencadeou novos cenários na economia, educação, saúde, turismo e também na arte, que precisou se reinventar para continuar chegando aos seus consumidores. Essa necessidade fez com que muitas empresas, instituições e profissionais descobrissem potenciais que antes desconheciam e que resultaram em novidades antes inexistentes no mercado.

  Esse é o caso das galerias de arte virtuais, que antes não eram comuns e que podiam ser encontradas apenas em formato físico em todos os países do mundo. Sua atuação segue sendo a mesma, servindo como fonte de conhecimento, cultura e entretenimento para milhares de admiradores de arte que com um clique agora conseguem adquirir novas peças que antes só podiam ser compradas com o deslocamento das pessoas de suas casas até os locais em que obras e artistas se encontravam expostos. A tendência vem ganhando cada vez mais adeptos e se instaurou rapidamente no novo cotidiano.

   “A grande diferença da galeria de arte virtual está em seu alcance que faz ser possível atingir um público global, enquanto a galeria física atende um público muito pequeno e selecionado”, explica Marisa Melo, crítica de arte e idealizadora da UP Time Art Gallery, galeria itinerante e virtual de alcance mundial que transporta obras de artistas do Brasil e de países da Europa para diferentes continentes. “Por ter como conceito a democratização e abrangência da arte, a UP Time Art Gallery já estava online antes mesmo da pandemia e o resultado foi que os 30 países que alcançávamos antes da crise se multiplicaram fazendo com que hoje nós atingíssemos um número ainda maior”.

   Com a crise, Marisa apenas inseriu novas quebras de paradigmas na plataforma que trabalha desde a sua fundação com a compra e venda pelas redes sociais, ação que se tornou recorrente com o início do distanciamento social e que já levou obras de artistas distintos para países como Turquia, França, Portugal, Estados Unidos, Espanha, Suíça e Alemanha, grandes compradores da galeria. O número de vendas pela web segue constante mesmo com a abertura dos espaços de arte nas principais capitais do Brasil. Além disso, galerias 3D e virtuais foi um forte investimento inicial da UP Time Art Gallery e segue proporcionando aos internautas as experiências de uma exposição de arte sem sair do conforto e da segurança de onde ele se encontra.

   A também curadora artística garante que a qualidade não se perde em nada e que a economia é muito maior para os investidores e artistas. “A tarefa importantíssima da curadoria segue exigindo sensibilidade para apresentar novos talentos e novas correntes de expressão. A diferença é na flexibilidade da direção que com um clique pode modificar todo o espaço físico. O piso, as paredes, a distribuição dos quadros. E isso tudo pode ser compartilhado via web, permitindo que apoiadores e visitantes entrem e sintam os espaços sem precisar gastar com passagens internacionais e hotéis, por exemplo”.

  Para aqueles que buscam ingressar no novo formato, Marisa aconselha manter o padrão de qualidade, investir em ideias inovadoras e criativas e alerta aos mais conservadores: “este é um caminho sem volta e as galerias que mais rapidamente se adaptarem, terão um futuro melhor”, finaliza.

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