Aumento de peso e problemas de saúde provocaram mudança de hábitos alimentares.

  Que a alimentação mais saudável é benéfica para o corpo, saúde e mente todos sabem. Mas, mesmo com o mercado de alimentos saudáveis oferecendo ampla variedade de produtos, após um ano de pandemia, o que se constatou foi o aumento do peso médio da população e uma disparada dos problemas de saúde relacionados à falta de exercícios físicos e a má alimentação. 

  Por outro lado, algumas pesquisas mostram que boa parte dos brasileiros está “virando a chave” e inserindo na rotina algum tipo de esporte e passando a consumir produtos saudáveis no lugar de ultraprocessados e hipercalóricos. Segundo levantamento desenvolvido pela RG Nutri, em parceria com a Techfit, e divulgado em abril, 78% dos brasileiros entrevistados passaram a se preocupar com a alimentação e mudar seus hábitos alimentares. Outra pesquisa que reforça essa tendência é da Kantar Ibope, que aponta que o consumo de snacks saudáveis teve um crescimento de 50% durante a pandemia no Brasil, França e Reino Unido. 

  Ainda que os dados apresentem um cenário positivo, o consumo de alimentos ultraprocessados ​​ainda é elevado. A Global Health Advocacy Incubator, entidade que trabalha pela defesa de políticas de saúde pública e na redução de mortes e doenças, tem realizadas pesquisas e campanhas para reduzir o consumo de alimentos ultraprocessados ​​no mundo todo. Um trabalho que também já vem sendo realizado há alguns anos pelas indústrias de alimentos saudáveis ​​para ajudar a combater um problema que foi apontado pela OMS como uma epidemia mundial de obesidade. Ao todo, são mais de 300 milhões de pessoas que estão acima do peso no mundo.

Dentre as opções de lanches saudáveis, os snacks orgânicos são escolhas saborosas e práticas/Divulgação

Entre as causas apontadas por especialistas estão a ansiedade e a falta de tempo para adotar uma rotina mais regrada. Porém, segundo a engenheira de alimentos Melissa Carpi, o setor de produtos saudáveis evoluiu muito nos últimos anos. “Antigamente, as pessoas não tinham muitas opções de alimentos saudáveis industrializados. Claro que frutas e legumes podem ser consumidos como lanches ou em refeições leves, mas, em tempos de pandemia, em que estamos 100% em casa, a variedade é importante”, explica.

  Atualmente, as pessoas dispõem de produtos prontos, os chamados “snacks”, que oferecem sabor e qualidade, com mais nutrientes e menos calorias. “Com a evolução das tecnologias e dos insumos, conseguimos desenvolver alimentos saudáveis com muito sabor e praticidade. É importante que as pessoas que possuem hábitos ruins de alimentação busquem realizar mudanças na dieta para uma forma mais saudável e utilizem produtos como os snacks, sabendo identificá-los lendo os rótulos dos produtos. É essencial ter na despensa itens de fácil consumo, mas que sejam benéficos à saúde”, argumenta a gerente de pesquisa e desenvolvimento da Jasmine Alimentos.

  Como exemplos de snacks para a rotina diária, Melissa cita os cookies e as granolas, as bagas, os nozes, as frutas desidratadas e até mesmo as bolachas doces sem açúcar. “A cada dia, as pessoas se surpreendem com a variedade e com o sabor dos alimentos saudáveis”, reforça. 

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