Nadadora disputou na manhã de domingo (25) a tomada de tempo do revezamento 4 x 100 m livre feminino no Parque Aquático Maria Lenk, no Rio de Janeiro

A nadadora Etiene Medeiros encerrou sua participação na Seletiva Olímpica Brasileira de Natação, realizada no Parque Aquático Maria Lenk, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro. Etiene disputou as provas individuais dos 100 m costas, 100 m livre e 50 m livre, além de ter integrado os revezamentos 400 x 100 m livre e 4 x 100 m medley, ambos em que o Brasil aguarda a definição da vaga na repescagem, com decisão até junho.

Fazendo parte da equipe brasileira do revezamento 4 x 100 m livre, Etiene encerrou sua participação no evento na manhã deste domingo (25), com a tomada de tempo ao lado de Larissa Rodrigues, Ana Vieira e Stephanie Balduccini. Na noite de sábado (24), ela esteve junto de Jhennifer Conceição, Giovanna Diamante e Larissa Oliveira na formação do 4 x 100 m medley.

“Hoje era o último dia, a última caída na água. O último suspiro. Antes de nadar, a Larissa e eu estávamos relembrando o revezamento de Toronto, em 2015, que foi brilhante. Isso é revezamento. O espírito que a gente tem, de estar todos ali torcendo, quatro meninas, é diferente. Eu consegui me superar no meio do revezamento e estou muito feliz.”, relembrou Etiene Medeiros, atleta do Sesi-SP e integrante do programa olímpico da Marinha do Brasil. A nadadora tem apoio de Adidas, Nescau, Bolsa Atleta e Time Pernambuco.

“Estamos vendo aqui uma geração de 2004 (Stephanie) e a de 1991 (Etiene), vale frisar porque o esporte é isso, uma hora passa. Aproveitem a situação que vivemos hoje. Estamos aqui, no outro dia pode ser diferente e temos que aceitar. Parabéns meninas, pela responsabilidade. Se Deus quiser vamos para Tóquio”, complementou Etiene.

Três provas e duas tomadas de tempo – A seletiva olímpica teve início para Etiene na terça-feira (20), com a disputa dos 100 metros costas, em que a atleta nadou para 1min02seg45, acima do índice olímpico (IO) de 1min00seg25. Na sexta-feira (23), foi a vez dos 100 m livre. Na decisão, Etiene nadou em 55seg24, também acima do IO (54seg38). A terceira e última prova individual foi a dos 50 m livre, em que Etiene ficou apenas 13 centésimos do índice olímpico, nadando a 24seg90.

“Semana desafiadora. Seletiva única para formar o time brasileiro, no meio de um ano turbulento por conta do momento que vivemos. Isso gerou muita expectativa e pressão em todos, mas principalmente nos atletas que já figuram nas seleções há algum tempo. Pesou para alguns e coloco a Etiene nesse grupo. Fizemos uma boa preparação com ela, mesmo com toda nova logística de trabalho. Dois ‘camps’ muito bons em Recife, tomada de tempo e o Sesi nos apoiando 100% o tempo todo. Mas, no esporte o que faz a diferença é como o atleta chega emocionalmente para competir. Achar um ponto de equilíbrio entre tensão, medo, confiança e alegria é o segredo”, analisou Fernando Vanzella, treinador de Etiene. 

Se no 4×100 medley feminino as chances de classificação são menores, após o quarteto registrar a marca de 4min04seg33, no 4×100 m livre o quarteto brasileiro fez o segundo melhor tempo feminino na história, 3min38seg59, com grandes chances de conseguir uma vaga na repescagem, definida até metade de junho.

“São mais de oito anos com a Etiene e praticamente em todos tivemos resultados internacionais relevantes para a natação brasileira. Desta vez, foi muito duro, desgastante e difícil enfrentar os obstáculos que surgiram na mente dela. Acreditamos que isso é um momento importante para reavaliarmos nosso programa e entender melhor a fase da carreira que ela se encontra. Experiente, vencedora, campeã, mas acima de tudo ser humano como todos nós. Acredito também que vamos classificar ainda pelos revezamentos e ela estará nos Jogos ainda mais madura e preparada depois desse momento duro que vivemos”, finalizou Vanzella.

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