Processo amplamente mecanizado compõe estrutura do setor, que investe continuamente também na conscientização dos colaboradores e na prevenção de riscos

O tempo em que mineiros trabalhavam sem camisa, de chinelos, chapéu e com picaretas há muito ficou para trás. Hoje, o processo amplamente mecanizado e os investimentos constantes em tecnologia e inovação fazem das unidades de extração de carvão mineral do Sul catarinense verdadeiros exemplos de avanços em processos produtivos e segurança de colaboradores.

Para desenvolver as atividades, os mineiros utilizam todo o aparato de equipamentos de proteção individual (EPIs). Uniforme refletivo, botas, capacete, protetor auricular e máscara estão entre os itens obrigatórios. Dependendo da função exercida pelo trabalhador, outros equipamentos também são exigidos, como macacão antichama e luvas isolantes – no caso de eletricistas.

Os mineiros já não dependem de ferramentas manuais e vagonetas para extrair e transportar o carvão. O processo de extração do mineral, por exemplo, é realizado por meio da furação a úmido, implantada desde meados da década de 1980, como lembra o engenheiro de minas e diretor técnico do Sindicato da Indústria da Extração de Carvão do Estado de Santa Catarina (Siecesc), Márcio Zanuz.

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“As mineradoras também têm adotado o uso de mineradores contínuos, para o desmonte do carvão. O equipamento, operado por controle remoto, substitui o uso de explosivos em subsolo e garante mais segurança aos colaboradores”, enfatiza Zanuz.

Formada por engenheiros, técnicos de segurança e representantes de sindicatos de base e patronal, há cerca de 20 anos a Comissão Regional do Setor Mineral (CRSM) contribui com o aprimoramento e cumprimento das normas, além de promover treinamentos, debates, visitas técnicas e interação com órgãos fiscalizadores.

Mudança de cultura

O engenheiro e coordenador de segurança do trabalho da Rio Deserto, Jonathann Nogueira Hoffmann, explica que as unidades de extração de carvão do Sul catarinense evoluíram muito em vários aspectos, com ênfase para a segurança.

“O trabalho de conscientização dos colaboradores e a prevenção de riscos são feitos continuamente”, afirma. Segundo Hoffmann, os treinamentos e monitoramentos periódicos também garantem a eficácia do sistema.

O pensamento é compartilhado pelo engenheiro de segurança do trabalho da Carbonífera Metropolitana, Pedro Damineli, que reforça o quanto a evolução da tecnologia tem auxiliado na segurança no processo produtivo da mineração, através dos dispositivos de automação, tecnologia e conforto dos EPIs e dos equipamentos de proteção coletiva (EPCs).

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