*André Espezim
A vacinação contra a Covid-19 avançou, estamos quase todos devidamente imunizados. Com a flexibilização do uso de máscara em ambientes externos, já voltávamos a reconhecer os amigos na rua, planejávamos o Natal, o réveillon, o carnaval e, então, eis que surge uma nova variante do coronavírus: a Ômicron.
E ela já está no Brasil. A Secretaria de Estado de São Paulo confirmou, ontem (quarta-feira – 1º), o terceiro caso no país. Trata-se de um passageiro da Etiópia que desembarcou, em Guarulhos, no último sábado. Os demais também chegaram em vôos internacionais. Estes casos são os conhecidos. E os que desconhecemos?
É devido a eles que precisamos recuar uma casa, segurar um pouco mais a vontade de termos a total normalidade de volta. É somente desta forma que avançaremos as casas necessárias para estarmos, em breve, todos juntos e aglomerados novamente. É somente desta maneira que seguiremos nos reerguendo economicamente.
Seguiremos. Isso mesmo. Santa Catarina sempre foi destaque pela prosperidade, mesmo em tempos de crise, e continua sendo. De norte a sul do país, a economia sentiu o forte impacto negativo da pandemia. No entanto, em nosso estado a retomada aconteceu rapidamente e, ainda, durante o mais forte período pandêmico.
Dados do IBGE apontam que o Produto Interno Bruto catarinense subiu de 2,9%, em junho de 2020 (no acumulado de 12 meses), para 9% em junho deste ano. O Índice de Atividade Econômica, avaliado pelo Banco Central, mostra o estado com um crescimento de 9,13%, entre janeiro e junho de 2021, frente ao mesmo período do ano anterior.
De acordo com a Secretaria de Estado da Fazenda, em agosto deste ano, apresentamos um recorde de arrecadação: 17,5% (em relação a julho) e de 44,4% frente a agosto de 2020. O bom desempenho está ligado à retomada econômica de diversos segmentos, como o têxtil, de materiais de construção, automotivo e de autopeças, agronegócio e supermercados.
Nos primeiros sete meses de 2021, o volume de serviços em Santa Catarina teve alta de 17,1% na comparação com o período entre janeiro e julho de 2020, segundo a Pesquisa Mensal de Serviços do IBGE. A mesma avaliação cita que, entre janeiro e julho deste ano, o crescimento acumulado em volume de vendas do comércio varejista foi de 5,4% ante igual período de 2020.
A indústria catarinense, no acumulado de 12 meses até julho de 2021, surpreendeu a todos com um crescimento de 16,3%. A Junta Comercial de Santa Catarina registrou um um saldo positivo na abertura de empresas. Entre janeiro e agosto de 2021, foi registrado um crescimento de 37,18% frente aos sete primeiros meses de 2020.
São muitos dados, todos bastante positivos, e remetem a uma importante reflexão: vale a pena termos um pouco mais de paciência para continuarmos avançando.
*André Espezim – secretário de Comunicação Social da Prefeitura de Blumenau, contador e bacharel em Direito
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