A dois dias de completar 32 anos, o pugilista Esquiva Falcão ganhou um presente antecipado nesta sexta-feira (10). O medalhista olímpico em 2012, em Londres, agora é o número 1 do ranking mundial da Federação Internacional de Boxe (FIB).

Com o anúncio, Esquiva se torna o próximo desafiante de Gennady GGG Golovkin, do Cazaquistão, atual campeão mundial. No entanto, a disputa pelo cinturão ainda não tem uma data definida. Isso porque o embate entre o cazaque e o japonês Ryota Murata, marcado para este mês, teve de ser adiado devido à disseminação de uma nova variante da Covid-19.

No entanto, essa indefinição não tira a felicidade do brasileiro. Esquiva tem um cartel com 29 vitórias, sendo 20 nocautes. Em novembro, fez a última luta antes de vir essa confirmação no ranking. Na disputa contra o canadense Patrice Volny obteve uma vitória dividida entre os jurados, após a interrupção devido a um corte na testa do boxeador brasileiro.

“É, sim, um presentão de aniversário. Está em número 1 do mundo não é para qualquer atleta. É bastante difícil, tive bastante lutas para chegar até aí. Hoje estou nesse posto, por coincidência, dois dias antes do meu aniversário. Posso considerar como um presente, estou muito feliz com esse resultado”, ressaltou o pugilista.

Agora, foca nos treinamentos e pretende, enquanto durar a indefinição de uma data, enfrentar mais um boxeador. Porém, busca alguém com o perfil de “GGG” e que possa trabalhar o que tem de melhor contra o cazaque: velocidade e movimentação.

“Eu devo lutar lá para o final do primeiro semestre ou no início do segundo semestre de 2022. Estou pensando em fazer uma luta antes para não ficar muito tempo parado, para poder me preparar. Não com um adversário muito forte, nem muito fraco. Um adversário mais para eu me preparar, entrar na distância. Um adversário que tenha o estilo do GGG para eu poder me adaptar e não ficar sem ritmo”, destacou.

Para o manager de Esquiva, Sergio Batarelli, o boxeador chegou ao posto de número 1 do ranking mundial devido a um trabalho intenso e árduo. Segundo ele, mesmo sem tradição no boxe, o Brasil agora tem o que se orgulhar.

“Finalmente, ele chegou em primeiro do mundo. Contra tudo e contra todos. Mas na raça e na qualidade técnica, ele chegou em primeiro lugar invicto. Na FIB, ele é o desafiante obrigatório do GGG. Confio muito no Esquiva. Uma mão já está no cinturão, só falta pôr a outra e pegar. Está na mão do nosso campeão”.

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