Célio Furtado – Engenheiro e professor da Univali celio.furtado@univali.br
Escrevo nesse final de tarde, em casa, ouvindo Schubert (Serenade), tranquilo, otimista com o meu Brasil. Gosto de escrever e sei que aumenta a minha responsabilidade em manifestar a minha posição política, nesse mês tenso e repleto de ansiedade pelos resultados eleitorais, em pleno segundo turno.
Desde o início, imagino que tenha ficado claro que, de modo algum, votarei ou votaria no atual presidente da República, Jair Bolsonaro.
Meu posicionamento é pela democracia, pelo desenvolvimento nacional, pelo respeito às minorias e, de um modo especial pela preservação do meio ambiente.
Voto no segundo turno como votei no primeiro, Lula Presidente e meu amigo Décio Lima para Governador de Santa Catarina.
Conheço o Décio Lima, há décadas, temos uma pequena diferença de idade, porém desde o Colégio Salesiano, eu o vejo como um jovem combativo, um corajoso defensor das liberdades democráticas.
Além de mais foi Prefeito por duas vezes em Blumenau, com uma gestão moderna, uma visão urbanística privilegiada. Lá, no inicio da campanha para prefeito de Blumenau as pessoas não prestavam atenção em sua candidatura.
Outros nomes eram favoritos e o amigo Décio “faturou”, venceu, fez uma administração exemplar, elogiada inclusive por organismos internacionais e, o povo blumenauense, reconhecendo o seu valor, reconduziu-o ao segundo mandato com êxito ainda maior.
Décio Lima desfruta de uma amizade privilegiada com o Presidente Lula e isso significa um olhar mais carinhoso e eficaz do executivo federal aos pleitos catarinenses.
Tenho certeza absoluta que a dupla Lula/ Décio Lima representa o melhor para o futuro da gente catarinense e brasileira, de modo que não fico “em cima do muro”, tenho posição firme e explícita, a posição democrática em prol do sofrido povo brasileiro.
Porém, respeito o voto do brasileiro e reconheço a força do adversário, de um modo especial, na nossa gente do sul.
Em artigo anterior escrevi que o primeiro turno mostrou uma vitória do bolsonarismo e uma derrota de Bolsonaro para Lula.
Não vou entrar nas causas, já bem escritas e debatidas sobre essa concepção ou melhor esse retrocesso direitista de nossa gente. Fico pensando, por exemplo, como Brasília, Distrito Federal, elegeu a e ministra Damaris para senadora da republica, um cargo privilegiado de oito anos, vindo de uma população mais esclarecida e com renda maior, a capital do Brasil.
Porém, sabemos que “todo artista tem que ir onde o povo vai”, e o fundamental que escrevi no texto anterior é o respeito à democracia, uma dura conquista do povo brasileiro, com muito sofrimento, prisão, tortura exilio etc.
Do ponto de vista econômico precisamos crescer com maior vigor e desenvoltura e, também adquirir uma maior respeitabilidade no cenário internacional. Retomar o “espetáculo do desenvolvimento”, fortalecendo nossas universidades e instituições de pesquisa, e ampliar a qualificação profissional para a nossa juventude que está diante do primeiro emprego.
Sou católico apostólico praticante, membro da histórica Irmandade do Santíssimo Sacramento, pai e avô, um veterano professor universitário e o meu voto é do Décio Lima e do Lula, venceremos !
Célio Furtado, nascido em 1955/ Professor da Univali/ Formado em Engenharia de Produção na Universidade Federal do Rio de Janeiro/ Mestre Engenharia de Produção/ Coppe/Ufrj/trabalhou no Sebrae Santa Catarina e Rio de Janeiro. Consultor de Empresa/ Comunicador da Rádio Conceição FM 105.9/ celio.furtado@univali.br
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