Há 15 anos, APAE de Criciúma desenvolve oficinas e projetos voltados para reciclagem
Além de beneficiar o meio ambiente, essa iniciativa contribui com o desenvolvimento cognitivo dos alunos
A reciclagem é um processo fundamental para a preservação do meio ambiente e para a promoção de um futuro sustentável. Ela desencadeia uma série de benefícios que vão além da simples reutilização de materiais, mas também contribui para a conservação de recursos naturais, economia de energia e mitigação das mudanças climáticas. Há 15 anos, a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Criciúma tem promovido aos seus alunos uma experiência imersiva em suas oficinas e projetos, reforçando a importância da reciclagem. Esse papel, além de reforçar o cuidado com o meio ambiente, promove a integração social e o desenvolvimento cognitivo dos estudantes.
Conforme a diretora pedagógica da APAE, Daiane Rodrigues Rezende Rubbo, os direcionamentos das oficinas são prestados aos jovens e adultos com deficiência intelectual, associada ou não a outras deficiências, e/ou Transtorno do Espectro Autista (TEA), sem perspectiva de ingresso no processo de qualificação profissional, mas que apresentam possibilidades de executar uma atividade laboral. Nesse sentido, esses projetos possibilitam a aquisição de conhecimentos e autonomia sobre o mercado de trabalho. Além de promover o desenvolvimento de competências e conhecimentos relativos a atividades de gestão, autogestão, melhoria da qualidade e da produtividade.
“Todas as nossas oficinas pedagógicas fazem parte dos projetos que envolvem o meio ecológico. Desde a separação do lixo na Oficina Pedagógica até a utilização de materiais reciclados”, informa a orientadora pedagógica, Roseana Benincá Casagrande. Ao todo, os alunos desenvolvem cinco tipos de oficinas: cestaria, tear, reciclagem, estopa e cozinha pedagógica. Desta forma, os estudantes conseguem aprimorar suas habilidades, competências e conhecimentos específicos acerca de processos, métodos, técnicas, normas, regulamentações, tipos de materiais, equipamentos e outros conteúdos específicos relativos à atividade em questão.
Outra contribuição das oficinas e dos projetos é o meio de socialização. “Eles amam fazer trabalhos manuais e ficam felizes em ajudar os colegas”, afirma Roseana. Essa oportunidade que a APAE projeta para os educandos possibilita os valores de cidadania, solidariedade, responsabilidade, senso crítico e compromisso com suas atividades. E para além das salas de aula, as manufaturas desenvolvidas pelos alunos são usadas e expostas na instituição, bem como em certas datas comemorativas, se transformam em cartões de Natal, cartões de visitas e trabalhos manuais pedagógicos e artesanato.
Como funcionam as oficinas pedagógicas?
Segundo Roseana, essa esfera é desenvolvida na instituição com o objetivo de conscientizar os alunos sobre a reciclagem e a economia de papel, enfatizando ainda mais a importância do não desmatamento das árvores. Lá, também, eles são aconselhados a levar tampinhas plásticas para conseguir arrecadações e realizar a troca na compra de materiais.
Na cestaria, os alunos utilizam da prática do artesanato reutilizando antigas folhas de jornal para o seu trabalho. “Os alunos realizam todo processo, desde o recorte das folhas, os canudos e as tranças que dão forma aos cestos, fazendo o acabamento com banho de cola e a pintura para finalizar o trabalho”, conta a orientadora pedagógica. Já na oficina de estopa a redução de resíduos têxteis é o foco, minimizando assim os impactos ambientais, confeccionando estopas a partir desses retalhos.