Fundada em 1939, a Pormade Portas é uma das maiores fabricantes de portas do Brasil. Há 80 anos, a empresa atua para manter a mais alta qualidade de seus produtos.

  Está localizada em União da Vitória (PR). A companhia conta, atualmente, com mais de 700 colaboradores, 100% envolvidos em um processo de gestão inovador. Com grandes áreas de florestas plantadas e um parque industrial completo com 102 mil m² construídos, a Pormade controla toda a produção.

A estrutura permite que a empresa tenha um dos melhores padrões de qualidade da América do Sul. Com um faturamento, em 2019, de R$ 180 milhões, a Pormade investe em pessoas e produtos como estratégia competitiva.

Claudio Zini, diretor-presidente da Pormade Portas – relata o que é conduzir um mercado de sucesso e seus desafios.

Adilson Pacheco – Editor

redacaorevistaarquiteturanews@gmail.com

Arquitetura – Como está o mercado de franchising do seu setor no Brasil?

Claudio Zini – Estamos crescendo muito, em torno de 300% ao ano. O consumidor final a cada dia está mais exigente e o mundo digital permite um atendimento customizado, ofertando uma experiência única na compra. E conseguimos, além de entregar qualidade, um produto direto de fábrica, sem o imposto em cascata.

Arquitetura – Como está este mercado diante da pandemia, qual é o maior desafio?

Claudio –  O maior desafio é de mindset, é inovar a todo momento. As empresas precisam entender que a tecnologia já está ai, e é uma questão apenas de utilizá-la. As pessoas confundem tecnologia com inovação. O fato é que a tecnologia é apenas uma ferramenta da inovação.

Arquitetura – Como a Pormade entrou para o mercado de franchising?

Claudio – Isso começou com a nossa diretoria de marketing, que iniciou o formato de franquia através da venda dos nossos showrooms já existentes. Ou seja, colocamos empreendedorismo em um processo que já existia dentro da Pormade. Fizemos um aprimoramento profissional.

Arquitetura – Com kits prontos e avulsos de portas, rodapés, biombos, papéis de parede, fechaduras – este tipo mercado não sofre tanto em momentos de crise?

Claudio – A verdade é que com crise todos sofrem, mas esse é o momento ideal para criar e inovar. É nesses períodos conturbados que conseguimos analisar realmente a potencialidade e a velocidade de uma empresa em ofertar soluções e inovação.

Arquitetura – As constantes mudanças no setor de arquitetura também provoca a criação de novos modelos dentro do seu mercado, isto é bom ou desafiador?

Claudio –  É bom e desafiador. Devido a pandemia fomos obrigados a suspender as visitas de arquitetos à –  fábrica. Porém, estamos com 29 colaboradores no setor de amostras para que os arquitetos conheçam ainda mais nossos produtos. Nos tornamos também uma verdadeira fábrica de amostras, uma vitrine para mantermos próximos da Pormade os arquitetos.

Arquitetura – Que livro está lendo?

Claudio –  No momento estou relendo o “Gestão do Amanhã”, do Salibi e Magaldi. E também apreciando “Conveniência é o Nome do Negócio”, de Arthur Igreja.

Arquitetura – Que tipo de prato você gosta? E qual você sabe fazer?

Claudio –  Adoro a lasanha feita pela Olívia, que foi cozinheira da minha mãe, italiana. Até brinco que deveríamos abrir uma franquia. O que faço bem é flambar qualquer prato pronto com wisky (risos).

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Arquitetura – O que faz um empresário de sucesso em horas de lazer ou não dá tempo para lazer?

Claudio – Essa é uma resposta fácil. É quando o lazer se torna o trabalho, mas é aquele trabalho que vira uma paixão em razão do que a pessoa faz. E quando tem paixão não existe estresse e, sim, apenas um cansaço, acompanhado do prazer do descanso. O filósofo Plutarco dizia: “o descanso é o doce tempero do trabalho”. E claro, estar ao lado da minha amada esposa Luiza é sempre um momento de alegria.

Arquitetura – O que você espera para 2021?

Claudio –  Um ano muito bom para todos. O coronavírus foi um acelerador do futuro. Esses seis meses nos fizeram ganhar seis anos e refletiu em inúmeras modernizações como ensino à distância, telemedicina, trabalho remoto, trabalho por entrega e não mais por hora. Reuniões por videoconferência, mobilidade. Enfim uma montanha de inovações.

Arquitetura – Qual é o seu maior medo diante deste novo momento mundial?

Claudio –  Para ser sincero tenho medo, acima de tudo, de contrair o vírus. No âmbito dos negócios, vejo um cenário de inúmeras oportunidades, principalmente, com as vendas online. E a Pormade está a caminho de ser uma empresa de alma digital, porém, sem deixar de lado os pontos físicos, as franquias e, consequentemente, o contato humano.

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