*Por Erica Gomes
O Big dos Bigs. Assim foi apelidado a 21ª edição do programa Big Brother Brasil, atração recém encerrada no país.
Se pararmos para observar a linha do tempo do programa, há algum tempo, muitas pessoas sentiam-se receosas e envergonhadas ao dizer que acompanhavam ou que eram fãs do reality.
Mas, esse ano, entre as mais diversas teorias para o grande sucesso, a minha tese é que o isolamento social, somado ao uso das redes sociais, tenha compactuado positivamente para os bons resultados.
Com um time de participantes, divididos entre ‘Pipoca’ e ‘Camarote’, a atração trouxe à tona importantes debates e pautas, além de cenas que incomodaram, não só os telespectadores, mas também os patrocinadores.
Mas, o que podemos aprender com todos esses acontecimentos? Para os meus companheiros de trabalho, sempre reforço a importâncias das boas narrativas e da elaboração do storytelling.
No BBB não há roteiros, mas com esses dois quesitos que citei acima, dentro e fora do programa, os assuntos mais polêmicos envolviam: cancelamento nas redes sociais, situações de racismo, xenofobia, feminismo e homofobia.
Mas, para além disso, aqui, fora da casa mais vigiada do Brasil, uma outra disputa também acontecia: o marketing das grandes marcas.
Quebrando recordes de audiência, ficou nítido – não só para nós, profissionais da comunicação, mas para o público em geral: em 2021, o marketing foi assertivo, reflexo disso, Juliette, a grande vencedora do R$ 1,5 milhões tornou-se um fenômeno, desbancando famosas ex-participantes do reality global.
Já na reta final, muitos sites divulgaram que as grandes marcas estavam travando uma grande batalha para terem a primeira foto, publicada pela campeã em seu Instagram. O motivo? O engajamento com o público, afinal, assim que saiu da casa, a milionária bateu um recorde mundial, ganhando, em um post, 1 milhão de likes em apenas 3 minutos.
O participante Gilberto, o ‘BBBr’, também foi aclamado pelo público. Em decorrência disso, garantiu a assinatura de um contrato com a Rede Globo.
De acordo com a emissora, os projetos ainda estão em desenvolvimento, mas com uma história de superação, com certeza, integrará o elenco de atrações onde o público-alvo se identifique com a trajetória do ex-BBB.
Nessa semana, Gil tornou-se criador de conteúdo para a marca Vigor, onde estará relacionado com a criação de posts e peças de comunicação para as redes sociais.
Para celebrar essa novidade, a marca enviou para ele um kit especial, com iogurtes Vigor Grego personalizados com a foto do economista nos rótulos. Com essa ação e a criação da #GILDAVIGOR, a empresa emplacou o seu marketing de influência.
Para muitos telespectadores, pode parecer que não, mas o programa trouxe vários ensinamentos que rodeiam o mundo do marketing e da comunicação. Não há como negar, de fato, o Big Brother não é mais o mesmo!
E, para o BBB 22, o que o público poderá aprender? Quais marcas disputarão espaço na hora do público dar ‘aquela espiadinha’? Façam suas apostas!
*Erica Gomes é Gerente de Operações em Comunicação e Marketing na LC4 Comunicação, Marketing e Estratégia; Pós-graduada no MBA em Gestão de Pessoas e Liderança pela Fundação Getulio Vargas, bacharel em Jornalismo pela ESAMC-SP e técnica em TI pelo CEMEP-SP. Possui cursos de extensão em Marketing Digital pela Udacity, Métricas de Comunicação e Marketing pela Inova Business School
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