Bicampeão olímpico levantou o troféu de campeão neste domingo, no Lago di Garda, na Itália, em seu retorno à classe após a disputa da Olimpíada do Japão
Robert Scheidt segue aumentando sua coleção de troféus e medalhas. Neste domingo, conquistou o 183° título da carreira, ao vencer a Europa Cup 2022 da classe Laser, competição sediada no Circolo Vela Torbole, no Lago di Garda, na Itália. Aos 49 anos, o bicampeão olímpico era o atleta mais velho na flotilha de 52 barcos e se manteve dominante ao longo da disputa, com vitória em seis de oito regatas.
“O vento veio mais fraco e inconstante neste último dia. A primeira regata foi de recuperação. Errei no primeiro contravento, mas consegui chegar em terceiro lugar, resultado que já me garantia o campeonato. Mesmo assim, corri a segunda regata e ganhei. Estou feliz em voltar a competir e sentir a adrenalina da competição. Minha performance acabou sendo acima do que eu esperava”, comentou o bicampeão olímpico, que é patrocinado pelo Banco do Brasil e Rolex, contando com o apoio do COB e CBVela.
Scheidt afirma que sua performance o surpreendeu porque entrou na Europa Cup na base da diversão, sem grandes expectativas, aproveitando o fato de a competição ser próxima de sua base na Itália, em Torbole, às margens do Lago di Garda. “Foi bom voltar a ter contato com a classe e medir forças com velejadores mais jovens”, comentou. Além disso, foi seu primeiro campeonato de Laser após os Jogos Olímpicos em Tóquio, onde se tornou recordista brasileiro em participação em Olimpíadas, com sete aparições.
Com o título na Europa Cup, Scheidt se aproxima de igualar seu desempenho em campeonatos dentro e fora do Brasil. Agora, soma 91 títulos internacionais e 92 nacionais. O próximo desafio é a preparação para a SSL Gold Cup, competição entre nações, no formato da Copa do Mundo de futebol, na qual é o capitão do barco brasileiro. A tripulação nacional se reunirá para um período de treinos em agosto, na Europa.
Na Gold Cup, todos os países competirão em pé de igualdade. Os veleiros one design são fornecidos pela organização. O barco SSL47 – uma versão do RC44, categoria bastante usada em regatas mundiais – tem regulagens do original que não podem ser alteradas. ”A ideia da SSL Gold Cup é interessante, pois são barcos iguais e o que conta é o trabalho da tripulação”, atesta Robert Scheidt, camisa 10 da seleção brasileira, que já está classificada para a fase final, no mês de novembro.