Delegação terá medalhistas olímpicos e nova geração na raia de Alagarrobo

A Equipe Brasileira de Vela desembarcou neste sábado (21) em Valparaíso, no Chile, onde serão realizadas as regatas dos Jogos Pan-Americanos de 2023. O grupo é formado por 26 profissionais, incluindo atletas, treinadores, supervisores e equipe médica.

Os jogos Pan-Americanos de Santiago 2023 serão disputados na raia de Algarrobo, a cerca de 92 km da capital chilena. As primeiras regatas serão no dia 28. As competições se encerram no dia 5 de novembro.

O grupo tem como Chefe de Equipe o dez vezes medalhista do Pan Claudio Biekarck. O bicampeão olímpico Torben Grael será o head coach. Os treinadores no Chile serão Bruno Prada, duas vezes medalhista olímpico, Martha Rocha e Ricardo Paranhos. Ricardo Lobato será o consultor de regras e Tania Sampaio e Lara Bulhões farão as funções de fisioterapeuta e massoterapeuta, respectivamente. A médica será Lara Lima

O Brasil defenderá o primeiro lugar no ranking histórico da vela nos Jogos Pan-Americanos com os 17 atletas, espalhados por nove classes. Ao longo destes 72 anos, foram 85 medalhas, sendo 39 ouros, 27 pratas e 19 bronzes.

Nos Jogos Pan-Americanos de Lima 2019, o Brasil demonstrou seu domínio ao liderar o quadro de medalhas da vela. Foram cinco medalhas de ouro, duas de prata e duas de bronze para a equipe brasileira de vela.

Além disso, o Pan 2023 vale vaga em Paris 2024, o que motiva boa parte do grupo. Apenas Bruno Lobo na Fórmula Kite e Mateus Isaac no IQFoil estão garantidos. Parceira de Samuel Albrecht na Nacra 17, Gabriela Nicolino aposta em uma raia difícil. ”O foco está em conseguir uma medalha para o país e brigar pela vaga do Brasil para os Jogos Olímpicos”.

A dupla do Nacra 17 chegou dias antes ao local das provas do Pan. ”Já estamos instalados na marina, trabalhando no barco na atualização do leme. Tivemos que trocar as ferragens e depois vamos para a montagem do mastro. Já estamos com o casco e o trampolim prontos e também acabamos um lado do sistema de leme, depois de um trabalho de oito horas”, concluiu Gabi Nicolino.

Os baianos Juliana Duque e Rafael Martins entram na disputa motivados pelos resultados recentes como dupla. O casal do YCBahia levou os últimos brasileiros da categoria e a timoneira Ju Duque faturou recentemente o tricampeonato mundial feminino ao lado de Bruna Patrício em Valência, na Espanha.

”A expectativa é conseguirmos colocar em prática tudo que a gente vem treinando ao longo desses anos. Fomos duas vezes para competir em Algarrobo. Foram regatas de ventos fraquíssimos. Dizem que nessa época costuma ter ventos fortes. Espero que dê de tudo, ventos fortes, médios e fracos”, explicou Ju Duque.

Equipe brasileira que competirá o Pan de Santiago:

Snipe: Juliana Duque e Rafa Martins
Lightning: Thomas Sumner, Ana Barbachan e Larissa Juk
ILCA 7: Bruno Fontes
ILCA 6: Gabriella Kidd
Fórmula Kite: Bruno Lobo e Maria do Socorro Reis
IQFoil: Mateus Isaac e Bruna Martinelli
49er: Marco Grael e Gabriel Simões
49erFX: Martine Grael e Kahena Kunze
Nacra 17: Samuel Albrecht e Gabriela Sá

Apoio à vela Jovem

A vela brasileira tem como destaque o Núcleo de Base do programa da Confederação Brasileira de Vela – CBVela junto ao Ministério do Esporte pelo Convênio 920223/2022.

O projeto ajuda no fomento à modalidade desde o ano passado. Sede da Rio 2016 e de outros grandes eventos da vela, a Marina da Glória, na capital fluminense, recebe adolescentes entre 13 e 17 anos para treinos visando eventos nacionais e internacionais da Vela Jovem. Outros campings de treinamento foram realizados no Clube Naval Charitas, em Niterói (RJ).

O trabalho leva jovens atletas a se aperfeiçoarem na modalidade, com o propósito de levá-los ao alto-rendimento, incluindo participações em classes olímpicas e pan-americanas.

Sobre a CBVela

A Confederação Brasileira de Vela (CBVela) é a representante oficial da vela esportiva do país nos âmbitos nacional e internacional. É filiada à Federação Internacional de Vela (World Sailing) e ao Comitê Olímpico Brasileiro (COB), além de ter o Comitê Brasileiro de Clubes (CBC) como parceiro no fomento à Vela nacional.

A vela é a modalidade com o maior número de medalhas de ouro olímpicas na história do esporte do Brasil: oito. Ao todo, os velejadores brasileiros já conquistaram 19 medalhas em Jogos Olímpicos.

A CBVela foi a primeira confederação esportiva brasileira a integrar a Rede Brasil do Pacto Global da ONU e a incorporar a agenda global da sustentabilidade – a Agenda 2030, com seus 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) – ao seu planejamento estratégico.

Foto: @cbvelaoficial

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