Modalidade volta a brilhar nos Jogos Pan-Americanos com três ouros e três bronzes

A Equipe Brasileira de Vela encerrou sua participação nos Jogos Pan-Americanos de Santiago 2023, neste sábado (4), com mais duas medalhas de bronze, resultado final obtido com as duplas mistas do Nacra 17, com Samuel Albrecht e Gabi Nicolino, e do Snipe, com Juliana Duque e Rafael Martins. As regatas foram realizadas na raia de Algarrobo, em Valparaíso, desde o sábado (28/10).

Ao todo, o país somou seis pódios no Pan 2023, sendo três de ouro e três bronze. O Time Brasil ficou em segundo lugar no quadro geral de medalhas na modalidade vela, além de garantir duas vagas olímpicas para Paris 2024 no 49erFX e no Nacra 17.

O melhor desempenho entre os países desta edição dos Jogos Pan-Americanos foi dos EUA com quatro medalhas de ouro, três de prata e duas de bronze. A Argentina ficou em terceiro com duas de ouro, uma de prata e duas de bronze, e o Peru saiu do Chile com duas de ouro e uma de prata.

As medalhas de ouro dos velejadores brasileiros foram conquistadas com Martine Grael e Kahena Kunze (49erFX), Bruno Lobo (Kite) e Mateus Isaac (IQFoil). Os bronzes vieram pelas mãos de Maria do Socorro Reis (Kite),  Samuel Albrecht e Gabi Nicolino (Nacra) e Juliana Duque e Rafael Martins (Snipe).

”Mais uma vez, os atletas brasileiros mostraram a força da modalidade no Pan brigando por medalhas até as últimas regatas. Mesclamos uma equipe experiente, com participações olímpicas e em mundiais, junto com a nova geração. Nas novas modalidades olímpicas, como IQFoil e Fórmula Kite, os nossos atletas se destacaram”, explicou Marco Aurélio de Sá Ribeiro, presidente da CBVela.

Com pódio garantido, a dupla do Nacra 17, Samuel Albrecht e Gabriela Nicolino, entrou para vencer os norte-americanos na medal race, mas acabou atrás dos adversários. Mesmo assim, levaram mais um bronze para a equipe, que já havia sido bronze em Lima 2019 no multicasco, além da vaga do país na categoria.

Na Snipe, a dupla Juliana Duque e Rafa Martins entrou na final com chances de ouro, mas ficou com o bronze. Os baianos ficaram em quinto lugar na medal race. O ouro ficou com os argentinos Julio Alsogaray e Malena Sciarra e a prata para os norte-americanos Ernesto Rodriguez e Kathleen Tocke.

”Ficamos com o bronze e temos que agradecer a todos que nos apoiaram. É uma honra levar mais uma medalha para o Brasil e para a Bahia”, disse Juliana Duque. Os dois fazem campanha olímpica de 470 misto para Paris 2024.

Bruno Fontes foi para a final da ILCA 7 e terminou o campeonato em quinto lugar. O peruano Stefano Peschiera foi o campeão. Emocionado, o atleta mais experiente da delegação com 44 anos. ”Volto para casa de peito aberto e dei o meu melhor. Infelizmente não deu medalha, os outros foram melhores, faz parte do esporte”.

No ILCA 6, Gabriella Kidd foi a sétima no geral, com o título ficando para a norte-americana Erika Rose Reineke.

Na Lightning, Thomas Sumner, Ana Barbachan e Larissa Juk fecharam na sétima colocação e o lugar mais alto do pódio foi para Allan Terhune, Madaline Baldridge e Sarah Chin (EUA).

A vela do Brasil soma agora 91 medalhas em Pans, sendo 42 ouros, 27 pratas e 22 bronzes.

Resultados

49erFX: Martine Grael e Kahena Kunze – 1ª

49er: Marco Grael e Gabriel Simões – 5º

Snipe: Juliana Duque e Rafa Martins – 3º

Nacra 17: Samuel Albrecht e Gabriela Sá – 3º

Lightning: Thomas Sumner, Ana Barbachan e Larissa Juk – 7º

ILCA 7: Bruno Fontes – 5º

ILCA 6: Gabriella Kidd – 7ª

Fórmula Kite: Bruno Lobo – 1º

Fórmula Kite: Maria do Socorro Reis – 3ª

IQFoil: Mateus Isaac – 1º

IQFoil: Bruna Martinelli – 6ª

Apoio à vela Jovem

A vela brasileira tem como destaque o Núcleo de Base do programa da Confederação Brasileira de Vela – CBVela junto ao Ministério do Esporte pelo Convênio 920223/2022.

O projeto ajuda no fomento à modalidade desde o ano passado. Sede da Rio 2016 e de outros grandes eventos da vela, a Marina da Glória, na capital fluminense, recebe adolescentes entre 13 e 17 anos para treinos visando eventos nacionais e internacionais da Vela Jovem. Outros campings de treinamento foram realizados no Clube Naval Charitas, em Niterói (RJ).

O trabalho leva jovens atletas a se aperfeiçoarem na modalidade, com o propósito de levá-los ao alto-rendimento, incluindo participações em classes olímpicas e pan-americanas.

Sobre a CBVela

A Confederação Brasileira de Vela (CBVela) é a representante oficial da vela esportiva do país nos âmbitos nacional e internacional. É filiada à Federação Internacional de Vela (World Sailing) e ao Comitê Olímpico Brasileiro (COB), além de ter o Comitê Brasileiro de Clubes (CBC) como parceiro no fomento à Vela nacional.

A vela é a modalidade com o maior número de medalhas de ouro olímpicas na história do esporte do Brasil: oito. Ao todo, os velejadores brasileiros já conquistaram 19 medalhas em Jogos Olímpicos.

A CBVela foi a primeira confederação esportiva brasileira a integrar a Rede Brasil do Pacto Global da ONU e a incorporar a agenda global da sustentabilidade – a Agenda 2030, com seus 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) – ao seu planejamento estratégico.

Foto: Matias Capizzano

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