Célio Furtado –
Engenheiro e professor da Univali
celio.furtado@univali.br
Escrevo nesse final da tarde preparando algumas palavras para comentar o início do mês de dezembro, o último mês do ano. Um ano atípico, assustador, onde milhares de pessoas perderam a vida para o corona vírus, não apenas no Brasil; no mundo todo essa estranha peste se propagou e fez vítimas. Estamos nos defendendo, seguindo as orientações oficiais, máscaras, assepsia constante e uma fé firme na misericórdia divina, a esperança de que esse pesadelo irá passar.
Felizmente, muitos laboratórios estão produzindo vacinas que deverão produzir o efeito esperado de neutralizar a grave ameaça que nos cerca. Foi o ano das “LIVES”, da comunicação virtual, palestras, debates, cursos, encontros de amigos, tudo “à distância”, antevendo um novo paradigma de convívio humano Bem mais do que isso, muitas organizações aderiram ao novo modo operandi com os trabalhos em casa, home office, onde os resultados demonstram ser, em muitas circunstâncias, melhores do que nos escritórios, constatando-se uma forte redução de custos.
Particularmente, na condição de aposentado, pude me dedicar mais aos estudos e reflexões, sentindo um bom aprimoramento e crescimento intelectual, novos conceitos, teorias, enriquecendo o que se denomina visão do mundo.
No campo do poder mundial observamos um crescimento de grandes países como a Índia e, principalmente, a China, que vem demonstrando ao mundo, um modo vitorioso de condução da política econômica, sabendo incorporar a inovação tecnológica ao seu complexo quadro industrial e de serviços. A China vem se consolidando como grande potência econômica e militar, certamente, um dos polos principais do poder mundial, aproximando do poder norte americano.
No plano político, o resultado nas eleições norte americanas, com a vitória do Biden, mudou o panorama internacional, o “balanço do poder”, com consequências inevitáveis ao nosso país. Nossa política externa estava muito atrelada aos interesses do Trump, uma visão mais estreita e conservadora, até hostil ao poder chinês.
Também o nosso descaso com a preservação ambiental provocou uma indignação da opinião pública internacional, provocando fortes represálias em temos de investimentos. Bolsonaro goza de pouco prestígio diante das principais nações, o que dificulta sobremaneira as relações comerciais e financeiras com o mundo exterior.
Bolsonaro também saiu desgastado nas recentes eleições municipais, pois a maioria dos seu candidatos foram derrotados, principalmente nas principais cidades brasileiras, de modo que teremos uma disputa política mais acirrada nos próximos dois anos.
No plano municipal, o povo optou pela reeleição do prefeito Volnei Morastoni, que saiu fortalecido nas urnas e pode, com a maioria na Câmara dos Vereadores, dar continuidade ao seu projeto de modernização e desenvolvimento de Itajaí.
Aproveito também esse espaço para registrar a comemoração dos 190 anos da Irmandade do Santíssimo Sacramento, instituição a qual pertenço há mais de uma década. Impressionante a longevidade de nossa Irmandade, sobrevivendo sempre junto à história de nosso município, aliás, bem antes, pois foi fundada em 08 de dezembro de 1830, dela fazendo parte personalidades que já estão consolidadas em na memória pública de Itajaí. Um espaço de oração e serviço à fé católica.
Célio Furtado, nascido em 1955/ Professor da Univali/ Formado em Engenharia de Produção na Universidade Federal do Rio de Janeiro/ Mestre Engenharia de Produção/ Coppe/Ufrj/trabalhou no Sebrae Santa Catarina e Rio de Janeiro. Consultor de Empresa/ Comunicador da Rádio Conceição FM 105.9/ celio.furtado@univali.br
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