A iniciativa consiste em um trabalho conjunto para alcançar uma logística net-zero, afirma Maersk
A A.P. Moller – Maersk está atuando junto às organizações World Business Council for Sustainable Development, Smart Freight Center e mais de 25 empresas globais para desenvolver diretrizes implementáveis para quantificar o impacto das emissões logísticas de Gases do Efeito Estufa (GEE) de ponta a ponta, do fornecedor ao cliente final.
As organizações que participam da iniciativa são: AP Moller – Maersk, ADEME, Aldi Süd, Amazon, APL Logistics, ArcelorMittal, CMA-CGM, Colgate-Palmolive, Convoy, DOW Chemical, DPDgroup, Deutsche Post DHL Group, EcoTransIT World, European Shippers Council, Kuehne+Nagel, Nestlé, PSA International, Posti, project44, Scania, Selfridges, Siemens, TK Blue Agency, Uber, Unilever, UPS e Volkswagen.
“Ao longo do ano passado, constatou-se uma imagem mais clara dos riscos físicos que a sociedade experimentará à medida que o planeta aquece além de 1,5 ou 2 graus Celsius (ºC). Além disso, as emissões de gases de efeito estufa atingiram recordes históricos e, com isso, um aumento de ações e metas para descarbonização”, declara a Maersk em comunicado.
O head de descarbonização da A.P. Moller – Maersk, Morten Bo Christiansen, afirma que a iniciativa “visa aumentar a transparência nas emissões de carbono, bem como trabalhar em conjunto para uma logística net-zero”.
“Como fornecedor global de serviços de logística de ponta a ponta, em todos os modos de transporte, é um imperativo estratégico atingirmos zero emissões líquidas de gases de efeito estufa em todos os nossos negócios até 2040. Para garantir reduções significativas de emissões já nesta década, temos que estabelecer metas claras e ambiciosas para 2030 em todas as nossas operações de logística”, analisa.
Christiansen ainda destaca a importância de ter padrões comuns para toda a cadeia logística. “[Isso] é crucial para podermos alcançar nossos objetivos, ao mesmo tempo em que atendemos perfeitamente às necessidades de descarbonização de nossos clientes” afirma.
Apoiado pelo Fórum Econômico Mundial e baseado em análises fornecidas pela McKinsey & Company, as diretrizes devem abranger todos os processos, do fornecedor ao cliente.
O consórcio deve complementar duas estruturas existentes:
1. Estrutura 2.0 do Conselho de Emissões Logísticas Globais (GLEC) do Smart Freight Centre: metodologia mundialmente reconhecida para contabilização e relatórios de emissões logísticas.
2. O Pathfinder Framework do WBCSD: diretrizes para a contabilização de emissões do ciclo de vida do produto.
As diretrizes devem ser publicadas até o final de 2022, com um lançamento formal previsto durante a Reunião Anual do Fórum Econômico Mundial em Davos, Suíça, em janeiro de 2023.
A Maersk defende que a exposição ao risco climático precisa fazer parte de todos os diálogos de negócios e, junto aos clientes, fornecedores e investidores, é necessário recorrer cada vez mais à indústria para obter orientações. “Temos um papel extremamente influente a desempenhar e esperamos que outros se juntem”, afirma o grupo em comunicado.